Professores substitutos trabalham em condições precárias no Sesi

Diretores dos Sinpros ABC, Bauru, Guapira, Sorocaba e Vales aproveitaram a primeira rodada de negociação com o Sesi e Senai, dia 14/02, para expor problemas em algumas unidades do Sesi e esclarecer dúvidas encaminhadas pelos professores. Veja o que foi discutido:

1. Professores substitutos – a questão foi levantada pelo Sinpro Bauru, mas não é exclusivo das unidades de Bauru. Professores contratados para entrar em classe em caso de falta de um professor estão sendo usados para substituir docentes por um período prolongado e em disciplinas específicas, mesmo sem ter formação para isso.
Como exemplo, foi citado o caso de uma professora substituta, formada em Pedagogia, que lecionou Geografia durante quase todo o ano letivo, porque o outro professor de Geografia só foi contratado no final do ano letivo.

A substituição tem caráter esporádico e excepcional: serve para não deixar o aluno sem atividade em um dia. O professor substituto entra, por exemplo, para aplicar um exercício previamente preparado. Ele não pode se responsabilizar pela preparação de aulas e elaboração de atividades pedagógicas para as quais não possui formação.

O problema no Sesi esbarra em questões de natureza pedagógica e trabalhista. A docência em disciplinas específicas exige habilitação ou uma autorização especial para que licenciandos dessas áreas possam ministrar as aulas provisoriamente.

Essa autorização é dada pela Diretoria de Ensino a qual a escola está vinculada e submetida à supervisão. Mas o Sesi dispõe de delegação para se autossupervisionar, um motivo a mais para respeitar a legislação educacional.

Além disso, os sindicatos reclamam das condições de trabalho a que os professores substitutos estão expostos. São exigidas tarefas e responsabilidades sem nenhum tipo de respaldo e, no final das contas, se algo não dá certo, a culpa recai sobre os professores.

2. Instalações inadequadas no CAT 176 – o Sinpro Guapira reclamou das condições precárias do CAT 176, em Mogi Guaçu. Não há conforto térmico nem acústico nas salas de aula, entre outros problemas. O prédio foi erguido para abrigar a escola temporariamente, até que uma outra unidade fosse construída. Para o Sinpro, a solução dos problemas não pode esperar pela inauguração do novo prédio.

3. Plano de saúde em Indaiatuba e Bebedouro – segundo o Sinpro Vales, as duas clínicas de Indaiatuba que prestavam serviços para a MedService não atendem mais e os professores são obrigados a se deslocar para Campinas para realizar consultas. Segundo a Fepesp, o mesmo problema ocorre em Bebedouro.

4. Desconto de falta em dias de compensação – o Sinpro Sorocaba indagou sobre o desconto quando o professor falta em dia de reposição de aula. Segundo o DRH do Sesi, há apenas o desconto e a falta não é considerada injustificada. As emendas de feriados e compensações são definidas em cada unidade, por aprovação de pelo menos 75% do corpo docente.

FONTE:FEPESP

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