Sindicatos debatem o trabalho no ensino superior

19/09/2014 – Sindicatos da Fepesp reuniram-se em Ribeirão Preto, entre 12 e 13/09, para discutir o impacto nas relações de trabalho de professores e auxiliares frente às mudanças no ensino superior. O encontro contou com a presença 32 representantes de 16 sindicatos, inclusive Cássio Tenani, presidente do Sinpro Noroeste Paulista, o mais novo sindicato integrante da Fepesp.


Ensino a distância, reconhecimento do tutor como professor, novas tecnologias, trabalho extraclassse e a distância no ensino presencial e semipresencial, piso salarial e limite de alunos por turma foram os temas discutidos nos dois dias do encontro.

 

Piso salarial

Ainda não há piso salarial para os professores do ensino superior privado no estado de São Paulo e todos os sindicatos concordam da necessidade de a Convenção Coletiva definir um valor mínimo de hora-aula. Como base para a discussão, está sendo construído um ranking de salários pagos em todas as instituições de ensino superior privada no estado de São Paulo. O estudo preliminar, apresentado pelo professor Walter Alves, já conta com mais de 100 IES, com faixas salariais que variam entre R$ 124 a – acreditem – R$ 10,00 a hora-aula! O levantamento deve ser publicado quando for finalizado, mas os primeiros resultados apresentados no encontro comprovam a necessidade de fixação de um piso para a categoria.

 

Novas tecnologias

O debate sobre o uso de novas tecnologias tem sido feito sob diferentes perspectivas: o ensino a distância propriamente dito, no qual quase a totalidade do curso é virtual, e o trabalho a distância em cursos presenciais e semipresenciais. Nesse último caso, a discussão envolve os 20% de aulas virtuais autorizados pela legislação como o trabalho em plataformas realizadas mesmo quando a aula é presencial. Na análise dos sindicalistas, essa diversidade exige respostas diferentes e uma regulação própria para cada caso. É isso que torna o tema muito complexo.

 

Comissão
Todos esses assuntos devem ser discutidos com o sindicato patronal, o Semesp, no âmbito da Comissão de Aprimoramento das Relações de Trabalho. O objetivo é garantir um tempo maior de negociação, fora da data base. Em março de 2015, todas as cláusulas da convenção coletiva de trabalho dos professores e dos auxiliares terão que ser renovadas. A Comissão está prevista na atual Convenção Coletiva de Trabalho e as reuniões com o Semesp começaram em agosto. 

 

 

Fonte – Fepesp

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