Sinpro realiza assembleias de professores da Ed. Básica e da rede Sesi/Senai

Assembleia Sesi-Senai 14-02-2019
Professores da rede Sesi/Senai em votação durante assembleia da Campanha Salarial 2019.

Em fevereiro, o Sinpro Jundiaí realizou as primeiras assembleias de professores da Campanha Salarial 2019. No dia 14, na Câmara Municipal, mais de 100 professores da rede Sesi/Senai se reuniram para discutir os rumos das negociações sobre a próxima vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). No dia 28, foi a vez dos professores de Educação Básica. Em ambas as ocasiões, as escolas foram avisadas e os professores tiveram direito a falta abonada para participar das assembleias, conforme acordado na CCT.

Por meio de votação, os professores da rede Sesi/Senai aprovaram a proposta de reajuste salarial com base no INPC do período março/18 a fevereiro/19, que deverá ficar entre 3,4% e 3,6%. Além de votar a pauta econômica, a assembleia também discutiu a importância de organização da categoria por meio do sindicato e sobre a necessidade de lutar para defender a CCT, documento que é a principal defesa dos professores contra a precarização das condições de trabalho. Houve, ainda, a realização de um minuto de silêncio em homenagem ao professor João Batista Archângelo, um dos pioneiros do movimento sindical dos professores em Jundiaí, falecido na semana anterior à assembleia.

Já os professores de Educação Básica votaram por rejeitar as propostas patronais de retirada do recesso de fim de ano e de redução da semestralidade. Mais uma vez foi destacada a importância de defender os direitos conquistados e não permitir que sejam retirados da CCT.

“Os direitos na CCT não vêm da lei trabalhista, não são direitos adquiridos e nem são benesses oferecidas pelo empregador. São conquistas dos trabalhadores. Se, após a negociação, o acordo é fechado com menos direitos, esses direitos desaparecem instantaneamente. Onde há sindicato, o que vale é a CCT”, explicou Roque Jr, advogado do Sindicato dos Professores de Jundiaí.

Os professores de outros mais de 20 municípios paulistas, cujos sindicatos integram a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), também realizaram assembleias nas mesmas datas e votaram da mesma forma que os professores de Jundiaí. O posicionamento dos professores será defendido por uma comissão da federação nas próximas rodadas de negociação com os representantes dos donos de escola.