Sinpro Jundiaí alerta prefeito sobre riscos da retomada das aulas presenciais

Na última sexta-feira, dia 2 de outubro, a presidente do Sindicato dos Professores de Jundiaí, Sandra Baraldi, conversou com o prefeito Luiz Fernando Machado para expor os riscos da retomada das aulas presenciais na rede particular de Jundiaí.

A presidente do Sinpro deixou claro para o prefeito que as aulas, de fato, não pararam em momento algum, continuaram remotamente, o que significou aumento considerável na carga de trabalho dos professores, que deixaram de ter horários regrados para passar a atender mensagens de alunos, pais e coordenação a qualquer momento. Da mesma forma, também cresceu a pressão sobre os educadores, que se viram coagidos por discursos de que deveriam se sacrificar, trabalhando mais, para manter as escolas em funcionamento.

No entendimento do sindicato, mesmo a situação de aulas remotas sendo extremamente onerosa para os professores, ainda assim ela é preferível diante dos riscos de contaminação que o retorno ao convívio presencial nas escolas representa. Frisamos que o Sinpro Jundiaí é favorável à volta às aulas após a disponibilização de vacina para a população, com segurança para professores, funcionários, alunos e famílias.

Apesar do que foi exposto ao prefeito, foi publicado, na mesma sexta-feira, o decreto número 29.344, que torna facultativa a reabertura das escolas privadas desde que de acordo com os decretos e resoluções estaduais. Diante disso, ficou o prefeito ciente também de que o Sinpro Jundiaí, os demais 24 sindicatos de professores do estado de São Paulo e a federação que os representa seguirão lutando pela saúde e pela vida dos professores.A seguir, alguns pontos que preocupam os professores.

Alguns pontos que preocupam os professores

  1. Deslocamento – O deslocamento de casa até a sala de aula expõe os professores em diversos momentos: uso de elevadores, transporte coletivo, áreas comuns das escolas, entre outros.
  2. Aglomeração – É preciso planejar formas de evitar aglomerações nos horários de entrada e de saída das aulas, nos refeitórios, nas salas de professores, entre outros.
  3. Uso de máscaras – O trabalho do professor envolve falar durante horas. Além do uso de máscara ser um incômodo adicional, há de se pensar na quantidade de vezes que essa máscara precisará ser substituída ao longo do dia. Será responsabilidade das escolas abastecer os professores com máscaras adequadas?
  4. Rodízio de alunos
    • Se haverá rodízio de alunos, como aqueles que não estão presentes em determinado dia terão acesso aos conteúdos dados? As salas de aula não estão preparadas para transmitir as aulas em tempo real ou filmá-las para serem vistas posteriormente. Da mesma forma, não é possível o professor dar a mesma aula duas vezes, uma em sala e outra diante da câmera.
    • Qual o custo de oportunidade de o aluno ir à escola apenas um ou dois dias por semana (se for confirmado esse desenho na fase inicial)? No caso de mães e pais que não têm com quem deixar as crianças, vale a pena o risco de contaminação se na maior parte dos dias as crianças ainda estarão em casa?