SESI e SENAI – professores aprovam reajuste salarial 8%

Depois de muita negociação professores do Sesi chegaram a um acordo para o reajuste salarial deste ano. Em assembleia realizada na última quarta-feira na capital os professores aprovaram, por unanimidade, a proposta econômica de 8% de reajuste salarial a partir de março.  “O índice vale para toda rede SESI e SENAI do Estado, assim como determina o Acordo Coletivo da categoria”, explica Neizy Cardoso do Sindicato dos Professores de Jundiaí (SINPRO Jundiaí).

A oferta econômica inicial era de 7% e 15% de abono até outubro. O acerto foi considerado uma vitória que demonstrou ao Sesi a força de mobilização dos docentes. “Em um cenário de inflação alta (7,68% de acumulo no último ano) esse reajuste é interessante porque recupera as perdas salariais”, avaliou Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de são Paulo (FEPESP).

Sandra Baraldi, vice-presidente do SINPRO JUNDIAÍ e professora no SESI, considera esta proposta mais vantajosa pois anteriormente o ganho seria através de um abono. “Agora nosso ganho é sobre o salário, o que incide também no fundo de garantia”.

Negociação – A Campanha Salarial no Sesi e no Senai começou no início do ano com a consulta eletrônica A palavra é sua na qual professores indicavam os temas mais importantes para negociação. Entre tantos assuntos o aumento do poder aquisitivo seguiu foi como prioridade. No final de março, em assembleias convocada pelos sindicatos da Fepesp os professores em todo Estado de São Paulo discutiram além das questões salariais as condições de trabalho nas escolas da rede.

Houve críticas em vários locais em relação ao modelo pedagógico, ao diário eletrônico implantado este ano mas sem a infraestrutura adequada, à sobrecarga de trabalho e ao assédio moral, entre outros pontos. O diário eletrônico agravou o problema do não pagamento do tempo trabalhado com o uso das novas tecnologias, chamado de hora tecnológica.

Na assembleia da cidade de São Paulo, os professores rejeitaram a proposta patronal e mais duas assembleias foram realizadas com paralisação das escolas. Um manifesto foi gerado pelos sindicatos em nome dos professores. E até um grupo de professores esteve na última reunião com a comissão de negociação e representantes patronais para relatarem os problemas atuais.

Essa pressão dos professores foi importante pois a instituição se comprometeu a não cobrar o uso do diário eletrônico até o início do ano letivo de 2016.